Estação de Elevatória de Águas Residuais do Vau – Intervenção da reabilitação já concluída
Na Estação de Elevatória de Águas Residuais ( EEAR) do Vau, que recebe o caudal elevado da EEAR Mata/Foz do Arade, a maioria das estruturas de construção civil, incluindo o poço de bombagem, encontravam-se em estado muito avançado de degradação, estando, nalguns locais, com as armaduras à vista, situação motivada pelos elevados níveis de H2S que se verificavam na instalação. Por outro lado, equipamentos como os grupos de bombagem, em funcionamento desde 2006, apresentavam igualmente bastante desgaste, com consequente perda de rendimento.
A empreitada de “Reabilitação da EEAR do Vau”, por conceção-construção, teve por objetivo a instalação de 2 sistemas de bombagem em linha, com uma capacidade total de 1000 m3/h, tendo sido necessário, para o efeito, alterar o poço de bombagem e os canais da obra de entrada.
Para além desta intervenção, preconizou-se também a alteração do sistema elétrico e de comando da instalação, assim como a ligação desta instalação à telegestão do Saneamento.
A instalação de um sistema de bombagem em linha permite elevar os efluentes gravíticos, diretamente a partir da chegada, sem estarem em carga e sem necessidade de poço de recolha o que, na prática, se traduz no facto de ser possível bombear um caudal exatamente igual ao caudal de chegada. Em ternos energéticos, esta solução, face a soluções convencionais, poderá permitir reduções de consumo com alguma expressão, devido à soma de um conjunto de fatores, nomeadamente: integração de impulsores mais eficientes, adoção de motores de classe premium IE3, ganhos na altura geométrica, além do facto do efluente passar a estar todo dentro de tubagem estanque, dispensando a necessidade de se possuírem sistemas de desodorização e ventilação.
A EEAR do Vau manteve-se em funcionamento, durante todo o decurso da obra, o que exigiu uma grande coordenação com as equipas de exploração e manutenção da instalação.
Esta empreitada foi adjudicada por 655,9 m €, com um prazo de execução previsto de 240 dias, mas que, na prática, se traduziram em 90 dias efetivos de obra.
A nova solução preconizada para o Vau, foi dimensionado para fazer face, não só às necessidades atuais, mas também a necessidades futuras, uma vez que os novos grupos foram dimensionados, tendo em consideração o aumento de caudal previsto para a EEAR Mata/Foz do Arade, na sequência de novas ligações que se preveem para breve e que irão permitir aumentar a zona servida por esta instalação.
Trata-se de um investimento importante para o concelho pois, para além de estar preparado para acomodar o acréscimo de caudal previsto para um futuro próximo, o facto de os grupos elevatórios trabalharem em câmara seca, evita inconvenientes como a libertação de odores, o que vai melhorar significativamente o ambiente da instalação e, consequentemente, da zona envolvente.
Teresa Fernandes, Porta – Voz da Águas do Algarve