#Oceans30days30sketches | Águas do Algarve
Promovemos a universalidade, a continuidade e a qualidade dos serviços de águas, contribuindo para a sustentabilidade do setor e para a proteção dos valores ambientais

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Os oceanos um maravilhoso mundo azul

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Sempre que pensamos no mar, lembramo-nos da praia, das férias de verão, da diversão, do bronzeado, dos festivais, estar com os amigos e das petiscadas que nos fazem esquecer as “dietas”, enfim de muita alegria. Mas os oceanos representam muito mais do que tudo isto para a humanidade, contemplados na sua enorme diversidade e riqueza dos diferentes ecossistemas marinhos que os constituem oferecendo ao ser humano um conjunto elevado de benefícios a diferentes níveis, como sejam o económico, social, ambiental, cultural, entre tantos outros.

 

Reconhecer estas valências, permite-nos ser cidadãos dispostos a defender os oceanos e o uso sustentável dos seus preciosos recursos. Este foi um dos motivos pelos quais a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou os anos de 2021 a 2030 como sendo a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, sobejamente conhecida como Década dos Oceanos.

Contudo, a exploração dos oceanos pela mão humana, nem sempre se pratica de forma sustentável. 

 

Porque queremos juntar-nos ao movimento global dinamizado pelas Nações Unidas para promover a concertação e partilha de conhecimento com vista à "conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos", iremos, através da promoção de uma maior literacia oceânica, e durante os próximos 30 dias, disponibilizar através dos vários canais de comunicação, ilustrações em aguarela efetuadas em exclusivas para esta ação, que pretendem apelar à curiosidade e incentivando à proatividade que se pretende na defesa destes “gigantes azuis”.

 

No âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)  e da Deccada dos oceanos, questões como a poluição marinha, o aumento do nível do mar e a destruição dos ecossistemas aquáticos serão aqui abordadas, mas também temáticas positivas como sejam a riqueza da fauna, flora, as profissões ligadas ao mar, entre outras.

 

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plásticos

Day 1

Anualmente chegam aos oceanos 13 milhões de toneladas de plástico, sendo que 80% de todo o lixo marinho do mundo é composto por este material. Estes detritos, resultantes de mais de seis décadas de descargas nos oceanos, procedentes, principalmente, da terra firme e do tráfego marítimo, são responsáveis por transformar os nossos oceanos e mares em autênticos depósitos de lixo.

Qualquer pedaço de plástico deitado para o chão, mesmo na via pública, pode ir parar aos oceanos. Apesar das campanhas de sensibilização e de uma crescente educação ambiental, este é ainda um problema sem fim à vista.

 

Inverter esse drama ambiental reside nos gestos mais simples...

 

Pela proteção dos oceanos, pela preservação da vida, trata o lixo como lixo. Coloca-o sempre nos locais próprios.

Day 2

Das zonas litorais, às profundezas do mar, o oceano transborda de vida. As centenas de milhares de espécies marinhas variam desde algas microscópicas à maior criatura do planeta, a baleia azul.
Durante os anos 1800 e 1900, os baleeiros mataram milhares de baleias para obter óleo de baleia e marfim. Algumas espécies, incluindo a baleia azul e a baleia franca, foram caçadas quase até a extinção e ainda hoje se encontram em risco.

A sua popularidade diminuiu desde o século XIX devido à ameaça que representa para a sobrevivência destas espécies, mas para muitas culturas, como as da Escandinávia, Japão, Canadá e Caribe, ela faz ainda parte de um estilo de vida socialmente aceite.
 
A sobrevivência destas espécies e o equilíbrio dos ecossistemas depende, por isso, da tomada de decisões e da execução de políticas concretas a nível internacional que regulamentem e limitem este tipo de pesca nos locais onde ainda é permitida.

Day 3

Fonte de incontáveis recursos, o mar é a fonte de subsistência de milhões de pessoas em todo o planeta. Desde pescadores, a proprietários de embarcações, donos de restaurantes e construtores navais, todos dependem da pesca. 

Mundialmente, os pescadores capturam anualmente mais de 90 milhões de toneladas de frutos do mar, entre mais de 100 espécies diferentes de peixes e crustáceos.

Contudo, a pesca intensiva e as capturas acidentais geram graves riscos para a conservação das espécies e para a saúde dos seus habitats. É fundamental estabelecer limites e regras à indústria pesqueira e sensibilizar os consumidores para a importância de optar por frutos do mar sustentáveis que não esgotem o ecossistema natural.
 
Também aqui, as nossas escolhas e acções podem fazer a diferença na construção de um futuro melhor para os oceanos e para todo o planeta.
 

Day 4

Segundo dados do greenpeace, cerca de 85% do lixo plástico encontrado nos oceanos provém de redes, linhas, armadilhas e outros instrumentos de pesca acidental ou conscientemente, abandonados no mar.

Muitos anos após cumprir a sua devida função, o material de pesca abandonado continua a capturar peixes e crustáceos e a matar outras espécies marinhas, como tartarugas, focas ou golfinhos, colocando-as em iminente perigo de extinção.

A maior das 5 gigantescas ilhas de lixo do planeta, localiza-se no Pacífico Norte. Com uma extensão de 1,6 milhões de m quadrados, esta ilha encontra nos materiais de pesca esquecidos ou descartados no mar, a sua principal fonte de detritos. Nessa zona do globo, em 2018, mais de 300 tartarugas foram encontradas mortas ao largo do México, depois de terem ficado presas numa rede de pesca abandonada.

É urgente uma acção global que permita travar esta situação calamitosa e salvaguardar as espécies em risco.
 

Day 5

A palavra búzio provém de bucina , que significa "trombeta" em latim e "buzina", em português. Esta denominação provém do facto de alguns tipos de búzio serem  utilizados como instrumento de sopro pelos pescadores e jangadeiros como forma de anunciar sua chegada ao porto ou como meio de comunicação marítima. Para esta finalidade, é feito um furo no ápice da espiral da concha, por onde se sopra, produzindo um som estridente e muito característico, que se ouve a longas distâncias.

Estes moluscos gastrópodes marinhos possuem conchas de grande beleza, muitas vezes usadas em decoração ou acessórios de moda.

A sensação de ouvir o mar quando encostamos um búzio ao ouvido, deve-se a um fenómeno chamado reverberação. Com o seu interior semelhante a um labirinto em espiral, a concha dos búzios funciona como uma caixa de ressonância, que concentra e amplifica os sons, produzindo um efeito parecido com o barulho do mar.

Day 6

Verdadeiras obras de arte, são utilizados desde a Antiguidade, carregando séculos de história, desde quando eram acesas fogueiras, depois com lamparinas (de azeite  oliveira ou de óleo de baleia), e mais tarde com candeeiros. No século XVIII começam-se a utilizar mecanismos de relojoaria proporcionando movimento rotativo, originando o característico relâmpago.

Os faróis são, privilegiadamente, instalados junto ao mar, mantendo o objetivo de orientar as embarcações durante a noite, iluminando os navegantes.

Um farol é uma estrutura elevada, habitualmente uma torre de formato redondo para minimizar o impacto do vento, equipada com um potente aparelho ótico, cuja luz é visível a longas distâncias. Os faróis são uma luz guia, e Portugal tem imensos, num total de 50, o que deve a uma vasta história marítima portuguesa na liderança da Idade das Descobertas Europeias, fazendo com que estes sejam monumentos muito protegidos pelos portugueses, e muito enraizados na nossa cultura.

O primeiro farol de que se tem registo é o farol de Alexandria, construído em 280 a.C. na ilha de Faros, palavra de onde advém a sua atual designação. Em Portugal o primeiro farol apareceu em 1520 na torre do Convento de Francisco, no cabo de S.Vicente.   O maior farol de Portugal, é o Farol da Barra em Aveiro, sendo o segundo maior da Europa,  e o 26.º mais alto do mundo.

Para além do seu apoio à navegação, com a sua arquitetura característica e a sua localização privilegiada, os faróis contribuem para pitorescas paisagens, sendo considerados hoje em dia, como pontos de atração turística que atraem milhares de visitantes. 

Day 7

O mergulho pode ser designado como a arte de submergir, quer através da utilização de equipamento adequado, como fatos de mergulho, máscaras ou garrafas de oxigénio, quer sustendo a respiração, o chamado mergulho livre, realizado em apneia. Em ambos os casos, os mergulhadores devem ser alvo de formação adequada, de forma a saberem utilizar as técnicas de mergulho mais apropriadas e a aprender os princípios básicos de segurança.

O mergulho pode ser recreativo ou profissional, sendo que, nas equipas de bombeiros ou das forças de segurança, não podem faltar mergulhadores profissionais para efectuar buscas e salvamentos em meio aquático.

Muitos mergulhadores exercem a actividade apenas por lazer, pelo prazer de observar o fundo do mar, a sua fauna e morfologia. Outros, dedicam-se à caça submarina, através do uso de arpões para capturar as suas presas.

Outra profissão associada à arte do mergulho é a de fotógrafo/ repórter subaquático. Estes profissionais dedicam-se ao registo de ambientes subaquáticos, captando as imagens durante a imersão ou o mergulho. A fotografia subaquática é considerada uma área especial da fotografia, pois requer equipamentos e técnicas muito específicas. Para exercer a sua função com sucesso, o fotógrafo subaquático tem de ser igualmente um bom mergulhador.
Portugal, pela sua localização geográfica e condições climatéricas é próspero em locais privilegiados para a prática de mergulho. De entre os melhores locais para mergulhar em Portugal, podemos destacar: Matosinhos, o arquipélago das Berlengas, Sagres e Portimão, no Algarve, os Arquipélagos dos Açores e da Madeira e o Portinho da Arrábida, entre tantos outros.

Day 8

O Marisco, popularmente conhecido como “frutos do mar”, consiste no conjunto de animais possuidores de carapaça ou concha. Nesta categoria podemos, assim, incluir crustáceos e moluscos, presentes tanto no mar como em água doce e que, geralmente são capturados para consumo humano, sendo considerados verdadeiras iguarias.

Reconhecendo o valor comercial destas espécies, muitas são as pessoas que se dedicam à apanha destes animais, seja em contexto selvagem, seja em viveiros especialmente criados para o efeito, como é o caso dos viveiros de amêijoas e ostras da Ria Formosa. A estes profissionais que se dedicam à apanha de marisco, damos o nome de mariscadores.

A Costa Atlântica é especialmente rica nestes seres marinhos sendo que, em Portugal, espécies como lagostas, sapateiras, caranguejos ou lavagantes, tal como os mais variados bivalves, são comuns um pouco por todo o país, fazendo parte integrante da gastronomia nacional.

O Algarve, sobejamente conhecido pela qualidade e frescura do seu marisco, é especialmente abundante em amêijoa boa, conquilha, berbigão, lingueirão, perceves, caranguejo, ostra e gamba da costa, entre tantas outras espécies que se podem encontrar na região, ainda que em menor quantidade. O verão traz consigo muita animação, e logo os muitos festivais gastronómicos que se multiplicam pelos 16 concelhos da região, é consequentemente a época de excelência para o consumo de marisco.

A abundância destas espécies é consequência da excelência da qualidade das águas balneares, e do nosso mar, sendo que na Águas do Algarve estamos orgulhosos por contribuir para estes resultados, através do nosso trabalho diário e de investimentos no tratamento e valorização de águas residuais, e investimento contínuo na proteção do ambiente e da saúde pública.

Day 9

O mar, além de nos fornecer recursos variados que vão da energia aos alimentos, é também local privilegiado para o lazer e para a prática desportiva, sendo inúmeros os desportos aquáticos que se podem praticar em contexto marítimo.

Com mais de 900 quilómetros de costa só em Portugal Continental e beneficiando de um clima temperado que possibilita a prática destes desportos ao longo de quase todo o ano, Portugal é um país particularmente vocacionado para a prática de desportos aquáticos.

A estas condições privilegiadas, soma-se a vocação turística do país que favorece o surgimento de inúmeros clubes náuticos e operadores turísticos que oferecem, a quem nos visita, condições ímpares para a prática e aprendizagem destes desportos.

De entre as modalidades praticadas no mar, o surf é uma das mais populares. Criado no Haway, o primeiro clube de surf do mundo data de 1020 em Waikiki. Mais tarde a modalidade viria a popularizar-se, primeiro nos EUA e depois à escala global.

Integrado na categoria dos desportos de aventura ou desportos radicais, o objetivo do surf é, ao mesmo tempo que se desliza sobre ondas do mar, executar diversas manobras, algumas bastante acrobáticas, em equilíbrio numa prancha, aproveitando a rebentação da onda.

A prática do surf depende da existência de alguma ondulação e, em certos pontos do globo pratica-se o denominado surf de ondas grandes, em que o surfista tem de ser rebocado por um veículo motorizado até à frente da onda.

O mundo está cheio de spots privilegiados para esta modalidade, dos quais se podem destacar as praias da Califórnia, do Hawai e da Austrália. No entanto, também em Portugal são vários os locais que oferecem condições para a prática deste desporto ao mais alto nível. Da Costa Vicentina às ondas gigantes da Nazaré, passando pela Ericeira, Viana do Castelo ou pela Costa Norte da Ilha de São Miguel nos Açores, são vários os locais do país frequentemente escolhidos por surfistas de todo o mundo para passar temporadas a surfar ou para a realização de competições.

Day 10

Donos de uma rara beleza, os corais têm grande importância na vida marinha.  Muitos animais ali habitam, buscam alimento, ou encontram o ambiente mais favorável à sua reprodução.

Dá-se o nome de corais a um grupo de animais marinhos primitivos da classe dos antozoários. Os corais vivem em ambientes muito restritos: mares tropicais de águas quentes, claras, calmas e com uma profundidade inferior a 40 metros. Isso torna-os excelentes indicadores das condições ambientais, acusando com clareza a ocorrência de desequilíbrios nas condições do meio em que vivem.

Os corais são animais sésseis, ou seja, vivem presos ao fundo do mar, como se fossem plantas, formando colónias de grandes dimensões. Os corais conhecidos como corais de pedra desenvolvem um esqueleto de composição calcária e o conjunto desses esqueletos forma os chamados recifes de coral.

O maior desses recifes é a Grande Barreira de Coral, localizada em Queensland, na Austrália, a qual é composta por cerca de 2.900 recifes e 300 atóis (recifes circulares). Ali, vivem 1.500 espécies de peixe, 360 de corais, 5.000 a 8.000 de moluscos, 400 a 500 de algas, 1.330 de crustáceos e mais de 800 de equinoderma (grupo de animais que incluem as estrelas e os ouriços do mar).

Os corais são considerados o ecossistema com maior biodiversidade do mundo, mas também um dos mais vulneráveis de todos. Calcula-se que 27% dos recifes de corais do mundo tenham já sido degradados de forma irreversível, e teme-se que 70% do que resta seja destruído nos próximos 50 anos.

As principais causas da destruição destas espécies são a pesca predatória, a remoção dos corais para fins ornamentais ou os desequilíbrios ambientais que podem conduzir ao chamado branqueamento dos corais que, em casos extremos, pode levar à morte de colónias inteiras.

 

Página 2 (dia 11 a 20)