Fotovoltaicas
Produção de Energia Verde na Águas do Algarve
Portugal, por ser dos países da União Europeia (EU) mais vulneráveis aos efeitos resultantes das Alterações Climáticas e dos impactos que as mesmas têm nas sociedades, tem necessariamente que reunir esforços, no sentido de poder reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE), com especial incidência nas provenientes do setor energético, pelo que tem vindo a investir cada vez mais em fontes de energia renováveis, como a solar, eólica e hídrica, entre outras, capazes de se regenerarem num curto espaço de tempo, aliando a inovação à sustentabilidade económica e ambiental e, consequentemente, assegurando a segurança do abastecimento e a independência energética do país.
O Algarve, sendo a região do país com mais horas de sol, tem vindo a investir grandemente na construção de centrais fotovoltaicas, sendo a Águas do Algarve, S.A., atualmente detentora de 55 instalações equipadas com unidades de microprodução fotovoltaica, com um potência total instalada de 220 kWp, 3 instalações equipadas com unidades de miniprodução fotovoltaica, sendo 2 delas em parceria com a AdP Energias e 1 delas, cujo investimento esteve a cargo da Galp e, atualmente, a exploração e manutenção, também, com uma potência total instalada de 326 kWp. A produção elétrica resultante das unidades atrás referidas, é para venda à rede elétrica de serviço público (RESP).
Para além destas unidades, a AdA dispõe ainda de 3 centrais fotovoltaicas para autoconsumo (UPAC), com uma potência total instalada de 1,2 MWp, instaladas nas Estações de Tratamento de Água (ETA) de Tavira e Alcantarilha, e na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Faro/Olhão.
As centrais fotovoltaicas para autoconsumo têm como principal objetivo associar a produção e utilização de energia verde, possibilitando simultaneamente uma considerável redução dos consumos energéticos associados à operação, uma vez que permitem diminuir, de forma significativa, a dependência do fornecimento de energia elétrica. As centrais instaladas em ambas as ETA, foram financiadas pelo Programa Operacional Algarve 21 e totalmente desenvolvidas por equipas internas da AdA, desde a conceção do projeto técnico, à preparação e submissão da candidatura, passando pelo lançamento e acompanhamento da empreitada, tendo as mesmas sido executadas física, e financeiramente, em tempo recorde, entre meados de março e finais de julho de 2015.
Em termos futuros, prevê-se um investimento estimado de 44,8 M€, entre 2021 e 2030, na instalação de centrais de produção de energia verde, ou seja, proveniente de fontes de energia renováveis, com especial enfoque para a eólica, hídrica e reforço da solar, no âmbito do Programa ZERO, que é o Programa de Neutralidade Energética da Águas do Algarve, S.A., que está integrado no Programa de Neutralidade Energética do Grupo AdP, e que tem como objetivo a redução dos consumos energéticos nas infraestruturas de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e outras, e aumentar fortemente a produção própria de energia 100% renovável, principalmente para autoconsumo, permitindo atingir a neutralidade energética do Grupo AdP até 2030.