ETAR de Faro Noroeste | Águas do Algarve
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ETAR de Faro Noroeste

Na remodelação e ampliação da ETAR de Faro Noroeste foi abandonado o anterior sistema de lagunagem, devido à insuficiência de espaço para a sua ampliação, dado o elevado aumento da sua capacidade (cerca de 400%). A nova ETAR foi concebida para uma capacidade de tratamento de 44.530 hab.eq. e para novos objectivos de qualidade para o efluente final, designadamente no que se refere aos parâmetros microbiológicos.

A área servida pela instalação abrange:

parte das freguesias de Almancil e de São Clemente, do Município de Loulé e parte das freguesias de Santa Bárbara de Nexe, Conceição e São Pedro e a globalidade da freguesia do Montenegro, no Município de Faro.

 

Apresentação Concepção da Infraestrutura Construída

O esquema de tratamento preconizado desenvolve-se segundo duas linhas e está dimensionado, em termos hidráulicos e processuais, para o ano horizonte de projecto (2033). Baseia-se num sistema de tratamento biológico por lamas activadas, em regime de arejamento prolongado, em dois reactores biológicos com a configuração de vala de oxidação e com arejadores de superfície.

A solução adoptada é constituída por um esquema de tratamento em três etapas:

 

1 – Fase Líquida

  • Obra de entrada, equipada por tamisadores de tambor rotativo, para a remoção dos sólidos mais grosseiros
  • Sistema de desarenamento/desengorduramento, para remoção de areias, óleos e gorduras
  • Recepção de lamas de fossas sépticas
  • Tanques de contacto (selectores) e reactores biológicos, tipo vala de oxidação, onde tem lugar o tratamento biológico
  • Decantadores secundários para remoção da biomassa do efluente, sendo uma parte recirculada ao processo
  • Microfiltração em microtamisadores de tambor rotativo 
  • Desinfecção do efluente final da ETAR por radiação ultravioleta
  • Desinfecção adicional, de parte do efluente, com vista à sua utilização, como água de serviço, no recinto da ETAR

O efluente final da ETAR de Faro Noroeste tem como meio receptor o Esteiro do Ramalhete, na Ria Formosa. 

 

2 – Fase Sólida

  • Condicionamento com polielectrólito
  • Espessamento (em tambor de espessamento) e desidratação mecânica (em centrífuga) das lamas biológicas em excesso
  • Elevação de lamas desidratadas e armazenamento das mesmas em silo

 

3 –Desodorização

  • Extracção e tratamento, numa unidade de desodorização por via química, do ar viciado da obra de entrada e do tratamento de lamas. 
    O esquema de tratamento desenvolvido é o que se afigura mais vantajoso, quer em termos económicos, quer em termos operacionais, tendo em consideração a dimensão da instalação e o quadro normativo aplicável à descarga das águas residuais da ETAR. Assim, pode-se assegurar
    a descarga do efluente na Ria Formosa de acordo com os objectivos de tratamento previstos no Decreto-Lei nº 152/97, de 19 de Junho, com os seguintes valores fixados pela entidade competente, a Administração da Região Hidrográfica do Algarve (ARH):
  • CBO5 - 25 mg/l;
  • CQO - 125 mg/l;
  • SST - 35 mg/l.
  • Coliformes Fecais < 300 NMP/ 100 mL.

 

INVESTIMENTO
O investimento total efectuado pela Aguas do Algarve, SA na concretização desta infra-estrutura, foi de cerca de 9,7 M€ (nove milhões e setecentos mil euros), com exclusão do IVA

 

 

Localização Geográfica: