ETAR da Companheira | Águas do Algarve
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ETAR da Companheira

O efluente tratado é descarregado na ribeira de Boina, afluente do rio Arade, em zona já integrada no estuário do rio Arade. Na área de influência da descarga do efluente final da ETAR identificaram-se como principais usos do meio hídrico recetor, o predomínio de duas atividades, designadamente, a atividade balnear e a atividade conquícola. A qualidade do efluente tratado teve em conta as características do meio recetor, em particular a eventual existência de meios hídricos sensíveis, aos quais podem estar associadas utilizações de água exigentes, que impliquem requisitos de qualidade específicos. Assim foi adotado um nível de tratamento superior ao secundário, com a inclusão da desinfeção para a totalidade do efluente.

A nova ETAR da Companheira está dimensionada para tratar um caudal de 32.061 m3/dia em período de época alta e tempo húmido, correspondente a uma população total equivalente a 140.092 habitantes, estimada para o ano horizonte de 2037. 

Com a implementação do projeto na sua globalidade, para além do objetivo do desenvolvimento da região, houve um propósito de melhorar a qualidade da água na Ribeira de Boina e consequentemente no Estuário do Rio Arade. Por outro lado, a requalificação ambiental permite aumentar a sustentabilidade do espaço quer a nível da fauna quer a nível da flora num equilíbrio entre a criação de habitats na comunidade faunística, com o intuito de atenuar o impacte visual que a estrutura da ETAR pode causar na paisagem envolvente através da recuperação paisagística de toda a área de intervenção, enquadrando esta nova unidade na paisagem existente. 

O terreno apresenta uma área de intervenção aproximadamente de 38.000 m2, para a implantação necessária da estrutura da ETAR, incluindo edifícios, equipamentos, arruamentos e áreas verdes de integração e enquadramento.

 

Origem das águas residuais 

A água residual a tratar na ETAR da Companheira é proveniente do sistema intercetor de Portimão constituído por um eixo central que integra um coletor gravítico em túnel com quase 10 km de extensão e um diâmetro exterior de 1500 mm na zona terminal de ligação à ETAR. 

As afluências para este coletor central (gravíticas e elevatórias) são provenientes das povoações situadas no concelho de Portimão: Ferragudo e Parchal, no concelho de Lagoa: Brejão, no concelho de Monchique: Monchique e Caldas. 

No futuro, quando for desativada a ETAR da Mexilhoeira da Carregação no concelho de Lagoa, este Sistema servirá igualmente a freguesia de Estômbar, designadamente os lugares de Estômbar, Calvário e Mexilhoeira da Carregação. 

 

Conceção da Infraestrutura

A ETAR é constituída por três linhas de tratamento distintas: A linha de “Tratamento da fase líquida”, a linha de “Tratamento da fase sólida” e a linha de “Tratamento da fase gasosa”.

 

A linha de tratamento da fase líquida integra as seguintes etapas principais:

1) Tratamento preliminar, homogeneização e equalização

   a) Medição do caudal afluente à ETAR;

   b) 2 Linhas para gradagem grossa de limpeza mecânica;

   c) 2 Linhas para gradagem fina com limpeza mecânica;

   d) 2 Linhas para remoção de areias, óleos e gorduras num órgão comum equipado com ponte raspadora de fundo e superfície e com insuflação de ar em bolha fina;

   e) 2 Linhas para homogeneização e equalização;

 

2) Tratamento secundário

   a) 2 Linhas com reatores de lamas ativadas em regime de baixa carga, dotados de seletor a montante, com nitrificação/desnitrificação;

   b) 2 Decantadores secundários mecanizados de planta circular, com alimentação central, equipados com ponte raspadora, incluindo raspagem de superfície;

 

3) Desinfeção 

   a) 2 Linhas com reatores de lamas ativadas em regime de baixa carga, dotados de seletor a montante, com nitrificação/desnitrificação;

   b) 2 Decantadores secundários mecanizados de planta circular, com alimentação central, equipados com ponte raspadora, incluindo raspagem de superfície;

 

A linha de tratamento da fase sólida integra as seguintes etapas principais:

1) Espessamento

   a) 2 Órgãos para espessamento gravítico das lamas biológicas em excesso;

 

2) Desidratação

   a) 2 Equipamentos para desidratação mecânica por intermédio de centrifugação;

   b) 2 Silos para armazenamento das lamas desidratadas com autonomia para 7 dias.

 

Tratamento da fase gasosa

1) Desodorização através do processo de lavagem química.

Localização Geográfica: