Secretário de Estado do Ambiente, visitou obras de Saneamento | Águas do Algarve
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Secretário de Estado do Ambiente, visitou obras de Saneamento

Secretário de Estado do Ambiente, visitou obras de Saneamento, de valor superior a 20 milhões de euros, da responsabilidade da Águas do Algarve.

 

ETARs de Faro/Olhão e da Companheira – assinatura Protocolo Falanges

A Águas do Algarve proporciona a acessibilidade ao serviço a 99% da população total da região com sistemas públicos de abastecimento de água e a cerca de 97% da população com sistemas públicos de saneamento de águas residuais urbanas. Estes serviços exigem a realização de avultados investimentos no Algarve. 

Assim, e apenas no ano de 2016, queremos destacar 7 desses importantes investimentos, que a empresa levou a cabo, quer no lançamento ou conclusão de obra, os quais apenas nesse ano totalizaram 10 milhões de euros:

 

  1. Início das obras respeitantes às ETAR da Companheira e ETAR de Faro-Olhão
  2. Conclusão das Centrais Fotovoltaicas de Alcantarilha e Tavira 
  3. Conclusão da ETAR de Vila do Bispo
  4. Sistema Intercetor e Elevatório de Vila do Bispo e Sagres
  5. Ligação da freguesia de Algoz ao Sistema de Águas Residuais de Albufeira, Lagoa e Silves
  6. Ligação de Monchique Norte ao Sistema Multimunicipal de Saneamento do Algarve
  7. Intervenções no túnel de Portimão

 

É precisamente e relativamente ao lançamento das Obras respeitantes às ETAR da Companheira e ETAR de Faro-Olhão, que a Águas do Algarve, recebeu no dia 15 de Maio, para uma visita técnica de acompanhamento do estado das obras, o Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Manuel Martins, o qual pôde observar o bom ritmo das mesmas.

Para além da Administração da Águas do Algarve, e de vários técnicos da empresa, foram várias as entidades que se fizeram representar neste dia que começou cedo pela manhã na ETAR de Faro Olhão, tendo terminado ao final da tarde, com a visita às Obras da ETAR da Companheira em Portimão.

Entre as duas visitas às Obra, houve ainda tempo para a assinatura do Protocolo Falanges, entre a Águas do Algarve, a Quercus e o Zoomarine, o qual foi também apadrinhado pelo Secretário de Estado do Ambiente.

Abaixo, apresenta-se informação adicional acerca das duas obras visitadas, bem como acerca do Projeto Falanges.

 

Estação de Tratamento de águas Residuais (ETAR) de Faro - Olhão

Valor global de investimento: 13.900.000,00 euros
Investimento já realizado: 2.704.603,00 euros
Execução realizada: 19,46%

Atualmente, na sua grande maioria as águas residuais geradas na cidade de Faro são tratadas na ETAR de Faro Nascente, localizada a cerca de 2,5 km a Este desta cidade e implantada em terreno localizado neste concelho. 

A atual ETAR de Olhão Poente localiza-se a cerca de 1 km a Oeste da cidade de Olhão, no concelho de Olhão. As infraestruturas de tratamento existentes encontram-se subdimensionadas face às condições de afluência (qualitativa e quantitativa) atuais e assentam em sistemas de lagunagem, que se revelam desadequados face aos níveis de qualidade agora exigidos para o efluente tratado a descarregar no meio recetor.

A futura ETAR de Faro-Olhão, agora em construção, está localizada no local da antiga ETAR de Faro Nascente, numa parcela no local do Sítio da Garganta, incluída na zona lagunar da ria Formosa.

A nova infraestrutura assegurará o tratamento dos efluentes produzidos no concelho de Faro (freguesias União de Freguesias de Faro, União das Freguesias de Conceição e Estoi), concelho de São Brás de Alportel (freguesia de São Brás de Alportel) e de Olhão (freguesias de Olhão, Pechão e Quelfes).

 

Com o processo de tratamento instalado, será produzir um efluente final de elevada qualidade, de acordo com os parâmetros definidos pelo Normativo de Descarga lhe foi imposto pela Declaração de Impacte Ambiental (DIA).  

 

Estação de Tratamento de águas Residuais (ETAR) da Companheira Portimão

Valor global de investimento: 10.349.000,00 euros
Investimento já realizado: 3.768.378,00 euros
Execução realizada: 36,41%

A ETAR da Companheira irá substituir, com ganhos ambientais significativos, a antiga ETAR com o mesmo nome. Com a implementação do projeto na sua globalidade, para além do objetivo do desenvolvimento da região, existe um propósito de melhorar a qualidade da água na Ribeira de Boina e consequentemente no Estuário do Rio Arade. 

Por outro lado, a requalificação ambiental permite aumentar a sustentabilidade do espaço quer a nível da flora e fauna num equilíbrio entre a criação de habitats na comunidade faunística, com o intuito de atenuar o impacte visual que a estrutura da ETAR pode causar na paisagem envolvente através da recuperação paisagística de toda a área de intervenção, de forma a enquadrar esta nova unidade na paisagem existente.

A água residual tratada na ETAR da Companheira será lançada numa linha de água com regime de escoamento de carácter perene, designada por Ribeira de Boina, afluente do Rio Arade.

 

Projeto Falanges

A Águas do Algarve, S.A. tem como missão assegurar, de modo socialmente responsável e ambientalmente sustentável, o contínuo e eficiente abastecimento de água para consumo humano com elevado nível de qualidade, e em quantidade, bem como o tratamento de águas residuais urbanas, numa ótica de serviço público, ligada à manutenção e preservação dos ecossistemas e do capital natural da Região algarvia, sem esquecer, naturalmente, os interesses de todos os seus stakeholders. 

Neste momento, podemos considerar que os Sistemas Multimunicipais de Abastecimento e de Saneamento de Água estão em fase de consolidação, havendo por isso, todo um conjunto de responsabilidades e que são inerentes à exploração dos mesmos, e consequentemente alvo de uma atenção especial, nomeadamente no que refere à rede de Ribeiras do Algarve. Recorde-se que as ribeiras são afluentes das nossas origens de água, ao mesmo tempo que se constituem como meios recetores dos efluentes tratados nas nossas Estações de Tratamento de Águas Residuais. 

A Águas do Algarve reconhece as elevadas pressões existentes sobre estes cursos de água, a vários níveis, sendo fundamental a necessidade de envolvimento das populações locais para a melhoria das condições dos ecossistemas ribeirinhos do Algarve. Por estes motivos, pretendemos desenvolver um Projeto Ambiental integrado, com outros parceiros não apenas da Região, como de âmbito nacional, para que se consiga reestabelecer a ligação das populações com as ribeiras, reconhecendo-lhe simultaneamente a sua relevância para a qualidade de vida da Região, nas suas diversas vertentes. Naturalmente sensibilizando a população para a evidente conexão entre as ribeiras e a qualidade dos seus ecossistemas com o ciclo urbano da água e a atividade da Águas do Algarve, S.A

Nos últimos anos a Águas do Algarve tem vindo a promover a realização de diversos estudos e monitorizações, em parceria com a comunidade científica, para a caracterização destes ecossistemas, e que assim facultam o conhecimento deste precioso património natural, cuja disseminação e melhoria, serão objetivos a concretizar; Nesta matéria, não podemos deixar de destacar o relevante projeto de recuperação na Bacia do Arade de galerias ribeirinhas, em cerca de 2Km de troços não contínuos da Ribeira de Odelouca.

O projeto Falanges, da responsabilidade da Águas do Algarve, terá dois principais parceiros – Quercus (que nos dará o necessário apoio ao Programa de Reprodução de populações de escalo do Arado e Boga do Sudoeste,  aproveitando o Know How existente do Centro de Biociências do ISPA e as instalações operacionais da Quercus), e o Zoomarine ( cujo objetivo será  testar e implementar um Programa piloto de reprodução de barbo do sul no Algarve).

Na implementação deste importante projeto estão previstas um vasto programa ações, as quais, por sua vez, pretendem atingir um ambicioso conjunto de objetivos. Destacamos, por exemplo, a importância da avaliação da influência de fatores ambientais e de atividades antropogénicas suscetíveis de causarem a degradação da qualidade da água;  a monitorização e manutenção da vegetação ripícola, favorecendo a instalação de refúgios térmicos adequados à salvaguarda das populações endémicas de peixes como forma de garantir a conservação de espécies vulneráveis e ameaçadas e o aumento da sua resiliência e a preservação dos ecossistemas ribeirinhos face aos efeitos gerados pelas alterações climáticas; Garantir a preservação ex-situ de um stock genético de organismos fluviais ameaçados, de forma a prevenir a ocorrência de fenómenos estocásticos ou catastróficos que potenciem a sua extinção; … entre vários outros.

Este projeto terá ainda grande importância na vertente da sensibilização da população da Região para as questões ambientais, para as alterações de comportamentos ao nível da utilização racional do recurso Água e para a preservação das ribeiras em particular. 

Pretende-se para o efeito implementar um extenso programa de comunicação e de sensibilização ambiental centrado na importância dos serviços prestados por estes ecossistemas e seu papel no ciclo urbano água, e ainda na necessidade de preservar a diversidade biológica da Região do Algarve.

E outros mais… 

Este é um Projeto abrangente e alargado a vários intervenientes da Região, que assenta em três componentes principais (Técnico-Ambiental; Social/Educacional e Científica) e pretende abranger um conjunto de Ribeiras de todo o Algarve, num horizonte temporal de 8 anos. O projeto será implementado de forma faseada, mediante a constituição de uma etapa piloto, de 2 anos. A ribeira que está prevista ser para já, integrada no Projeto Falanges é a do “Arade-Odelouca”. Esta ribeira reveste-se de primordial importância para a preservação de duas espécies de peixes endémicos do Sudoeste de Portugal, os quais possuem estatuto de “Criticamente em Perigo” de extinção: a Boga-do-Sudoeste (Iberochondrostoma almacai) e o Escalo-do-Arade (Squalius aradensis).

Dos diferentes e ambiciosos objetivos previstos para o Projetos, destacam-se os seguintes:

  • Avaliar a influência de fatores ambientais e de atividades antropogénicas suscetíveis de causarem a degradação da qualidade da água; 
  • Monitorizar e manter a vegetação ripícola, favorecendo a instalação de refúgios térmicos adequados à salvaguarda das populações endémicas de peixes como forma de garantir a conservação de espécies vulneráveis e ameaçadas e o aumento da sua resiliência e a preservação dos ecossistemas ribeirinhos face aos efeitos gerados pelas alterações climáticas;
  • Garantir a preservação ex-situ de um stock genético de organismos fluviais ameaçados, de forma a prevenir a ocorrência de fenómenos estocásticos ou catastróficos que potenciem a sua extinção; 
  • Implementar um extenso programa de comunicação e de sensibilização ambiental centrado na importância dos serviços prestados por estes ecossistemas e seu papel no ciclo urbano água, e ainda na necessidade de preservar a diversidade biológica da Região do Algarve; 
  • Efetuar uma ampla divulgação dos resultados obtidos com a implementação do projeto Falanges, interligando-o com todo o trabalho que a Águas do Algarve tem vindo a desenvolver em termos ambientais na Região, por forma a consciencializar as populações e garantir o seu apoio e a sua participação ativa na concretização da “Estratégia da União Europeia para a Biodiversidade 2020”;
  • Promover ações de sensibilização e formação junto das Escolas da região, sob o tema de fundo de «As ribeiras e o Homem», por se acreditar que só através desta sensibilização se conseguirá mudar hábitos e mentalidades, consciencializando assim para a importância que a preservação destes ecossistemas tem na sua relação com a Água, nas diversas atividades do seu quotidiano. 
  • Promover e cooperar em projetos de investigação científica, com vista ao avanço do conhecimento das comunidades das ribeiras da região.