A origem do nome dos Mares e Oceanos | Águas do Algarve
Promovemos a universalidade, a continuidade e a qualidade dos serviços de águas, contribuindo para a sustentabilidade do setor e para a proteção dos valores ambientais

A origem do nome dos Mares e Oceanos

Os nomes dos oceanos têm origem mitológica, histórica e geográfica.

Oceano Atlântico – O nome do Oceano Atlântico é uma referência à mitologia. Vem de Atlas, filho de Neptuno, o Deus dos mares. Atlas sustentava a Terra sob as suas costas. Atlas era um titã grego que foi condenado por Zeus, Poseidon e Cronos a sustentar os céus para sempre. Heródoto foi o primeiro a fazer essa associação do titã ao oceano, mas foi Mercator que praticamente cunhou esse nome, ao inseri-lo no mapa no século 16, que persiste até os dias de hoje.

Oceano Pacífico – O nome do Oceano Pacífico é uma referência à história. O navegador espanhol Vasco Nuñez de Balboa, descobridor do Pacífico, batizou-o de Oceano do Sul. Mas em 1520, quando o navegador português Fernão de Magalhães percorreu o litoral sul-americano, ficou impressionado com a tranquilidade das águas e batizou o oceano de Pacífico. Na verdade, o dia era atípico, pois o Pacífico é mais perigoso do que o Atlântico. Contradiz literalmente a sua dinâmica, uma vez que este faz parte do Círculo do Fogo, sendo constantemente afetado por erupções vulcânicas e abalos sísmicos (terremotos e maremotos).

Oceano Índico: O nome do Oceano Índico é uma relação direta com a geografia da região, situa-se próximo da Índia e Indonésia. O terceiro maior oceano do mundo banha a Ásia, a África e a Oceania e conta com uma extensão de 73.440.000 km². 

Oceano Ártico: O nome do Oceano Ártico é uma referência à geografia. O nome vem da palavra grega “arctos” que significa “urso”. Situado no polo norte, sob a constelação da Ursa Menor, deve o nome à palavra grega arctos. Por oposição geográfica, o oceano do polo sul chama-se Antártico.

Mar Vermelho - Com 300 quilómetros no seu ponto mais largo, o Mar Vermelho recebeu este nome pela cor dos corais que aparecem na sua superfície. Cerca de 350 espécies diferentes de corais já foram catalogadas nas suas águas claras. O Mar Vermelho apresenta assim, a cor avermelhada em alguns períodos do ano devido à proliferação de um tipo específico de algas. No entanto, de acordo com diferentes autores a coloração ligeiramente avermelhada em algumas regiões da costa, deve-se ao minério de ferro, presente em grandes quantidades nas montanhas ao redor do mar. Como a paisagem da região é desértica, com ventos constantes e vegetação esparsa e rasteira, a poeira avermelhada deposita-se no mar, dando-lhe a sua tonalidade característica. Mas, conforme se avança para o alto mar, a cor vai voltando às tonalidades azuis.

Mar Negro – O mar recebeu este nome em decorrência da presença de muita quantidade de sais minerais, de onde deriva sua coloração escura. Ficou conhecido pelos gregos como Ponto Euxino, e pelos turcomanos e turcos como Karadeniz. Possui uma grande concentração de sulfeto de hidrogénio, que forma uma camada lamacenta quase inabitável. Só alguns tipos de bactérias conseguem sobreviver. A salinidade do Mar Negro é quase 50% menor que a dos demais mares. 

Mar Morto - Na verdade, o Mar Morto não é propriamente um mar e sim um grande lago com dimensões de 82 quilómetros de comprimento e 18 quilómetros de largura. Situado numa grande depressão, 400 metros abaixo do nível do mar, não recebe água de rios nem tem comunicação com qualquer oceano. O excesso de sal nas suas águas torna a vida praticamente impossível. Com exceção da bactéria Haloarcula marismortui, que consegue filtrar os sais e sobreviver. Como é muito castigado pelo sol, a água evapora e os sais são concentrados, formando colunas. Ninguém afunda nas suas águas, devido à alta concentração salina, que o torna muito mais denso do que o corpo humano. Os oceanos têm uma média de 35 gramas de sal por litro de água, enquanto o mar Morto tem quase 300 gramas. Isto deve-se basicamente à sua localização – na divisa entre Israel e Jordânia. A região é quente e seca, o que acelera a evaporação e impede a reposição da água pela chuva.